31 de out. de 2011

Você é Igreja?

Boa tarde meus queridos! Hoje estou colocando mais um post para a meditação de vocês, porém este post não fui eu quem escreveu, foi um grande amigo e irmão chamado Tom Lorenzetti. Particularmente gostei da mensagem dele e acredito que vai ser de grande edificação pra vocês também. O Tom morou comigo um tempo no Seminário Vale da Benção e pudemos ter grandes momentos de comunhão naquele lugar.
Espero que vocês gostem...

...pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Quero em primeiro lugar definir o conceito da palavra igreja no Novo Testamento, que tem em seu significado original a palavra ekklesia, que significa: assembléia, ajuntamento dos servos de Deus. Sendo assim encontramos a palavra igreja pela primeira vez no Novo Testamento em Matheus 16, 14-18, e neste momento o Senhor Jesus interroga seus discípulos dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas.
Disse-lhes então Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou?   E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.  
Aqui observamos que verdadeiramente a igreja primitiva foi edificada na doutrina dos apóstolos e que hoje em dia devemos ter esse mesmo conceito, e edificar nossas igrejas sobre essa doutrina apostólica primitiva e sobre o IDE como compromisso do verdadeiro cristão.
Hoje a verdadeira igreja do Senhor Jesus Cristo é a igreja invisível que não está nos templos construídos por mãos humanas, mas dentro de nós, mas infelizmente o povo não consegue enxergar essa igreja, mas somente a igreja visível, quer seja um prédio, uma casa, ou um templo de tijolos.
O ser igreja do Novo Testamento é estar alicerçado nos ensinamentos de Jesus e dos seus apóstolos, na palavra fiel e inerrante das Sagradas Escrituras.
Devemos entender que nós, como corpo de Cristo, somos a verdadeira igreja. Pois quando Saulo perseguiu a igreja na era primitiva, antes de se tornar o apóstolo Paulo, ele não perseguia uma entidade elaborada como instituição fundada igreja, mas perseguia os cristão que, movidos por um novo nascimento pregavam e anunciavam a Jesus.
No livro Cristianismo Pagão, A Origem das Práticas de Nossa Igreja Moderna por Frank A. Viola, observamos que o antigo judaísmo estava centrado em três elementos, a saber: O templo, o sacerdócio e o sacrifício, mas quando Jesus veio, Ele cancelou os três elementos cumprindo-os em Si mesmo. Ele é o Templo que incorpora uma casa nova e viva feita de pedras vivas — “sem mãos humanas”. Ele é o Sacerdote que estabeleceu um novo sacerdócio.  Ele é o Sacrifício perfeito e definitivo. A partir dessa verdade podemos definir que o ser igreja segundo o Novo Testamento, é estar em Cristo, viver para Cristo e ter nossa esperança somente em Cristo Jesus.

27 de out. de 2011

DOUTRINA X USOS E COSTUMES

Temos a mesma fé, cremos no mesmo Deus e esperamos pelo mesmo Senhor...

Texto: Romanos 14.1-8:
Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está de pé ou cai. E ficará de pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar. Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus. Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.”

Boa tarde pessoal! Hoje vamos tratar de um assunto que acredito ser importante para os dias de hoje, a questão da doutrina x usos e costumes.
Primeiro temos que definir o que é doutrina e o que são usos e costumes.
Diferente do que muitos pensam doutrina não tem nada a ver com roupas, músicas a serem tocadas na igreja ou o que um cristão deve ou não fazer em sua vida pessoal. Muitos já me disseram: “Tal igreja é muito doutrinária, olha o jeito deles, as roupas que vestem!” Mas como diz a comediante: “Nada a ver tio”
Doutrina, definindo a palavra, quer dizer: Ensinamento, mandamento ou princípio. Usos e costumes podem ser definidos como estilo, cultura ou tradição.
Alguém pode me perguntar: Se doutrina é definido como ensinamento, então o que você citou como uso e costume não é doutrina? Não no sentido bíblico e na comunhão que compartilhamos dentro e fora da Igreja.
Vou explicar:
Doutrina se refere aos ensinamentos bíblicos fundamentais para a fé de um cristão. Por exemplo: Jesus Cristo veio a terra morrer pelos nossos pecados é um tipo de doutrina; O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade é outra doutrina; Todo cristão deve ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo também é doutrina e, pra finalizar, A volta de Jesus é doutrina. Existem muitos outros exemplos que eu poderia citar, mas por esses já entendemos que doutrinar é ensinar questões básicas e inegáveis da fé. Sobre esses e outros pontos, nenhum cristão pode discordar, pois, se assim o fizer, ele compromete todo o resto da Bíblia.
Por usos e costumes eu posso citar o exemplo dos judeus cristãos daquela época, e até mesmo os de hoje. Para os judeus comer qualquer tipo de carne de porco é inaceitável, pois eles as consideram impuras por causa da ordem de Deus no Antigo Testamento. Porém aquela ordem tinha sido para os judeus e não para o resto do mundo. Mas eles, até hoje, guardam esse preceito e, estão certos em fazê-lo, pois fazem com fé no mandamento de Deus. Agora nós, os que não somos judeus, se comermos ou não carne de porco, em nada afetará a nossa fé e comunhão com Deus. Se não comermos, é por opção nossa como fazem alguns, não por questões religiosas, mas por gosto.
Agora que já entendemos a diferença entre doutrina e usos e costumes, podemos seguir com a explicação do texto bíblico.
Paulo estava enfrentando um problema de falta de união com os romanos, pois havia entre eles os que não comiam nenhum tipo de carne e aqueles que comiam de tudo. Os que não comiam nenhum tipo de carne geralmente eram aqueles irmãos recém-convertidos que queriam fazer de tudo para se purificar, pois na cultura romana havia muito a questão de que carnes eram oferecidas a ídolos e falsos deuses. Também poderia haver naquela igreja os judeus, que não comiam carne de porco. Já os outros, os que comiam carne, entendiam que todo alimento era puro e vinha de Deus para o bem-estar do homem. Resumindo, eles oravam agradecendo a Deus pelo alimento e mandavam ver! rsrs
Outro problema entre eles era que os mesmos que não comiam carne, faziam questão de separar um dia em especial para Deus, já os outros entendiam que qualquer dia é dia de louvar a Deus. Eles ficavam indignados uns com os outros por causa dessas divergências de pensamentos. Uns ficavam bravos pela falta de sensibilidade do irmão em comer carne e não ter a capacidade de separar um dia para o louvor a Deus, enquanto os outros riam deles por serem tão “crentes”. Quanta bobagem!
Por isso o apóstolo Paulo escreve essas palavras, para que eles pudessem esquecer essas divergências e vivessem em amor. Paulo diz que tanto um quanto o outro está certo em fazer o que faz, pois faz com fé em Deus, e que um não deveria julgar o outro, pois cada um dará conta de si mesmo a Deus (v. 12).
Mas o que isso tem a ver com doutrinas e usos e costumes? Cada grupo ali acreditava estar fazendo o correto, e acreditava que o outro grupo agia de forma errada prejudicando assim a própria fé. Paulo corrige isso e coloca essas questões como secundárias e diz que não afeta a fé de ninguém, pelo contrário, cada um seja espiritual da forma que achar melhor desde que não afete a liberdade do irmão.
Hoje em dia não há mais conflitos sobre alimentos serem puros ou não, ou mesmo se devo separar um dia em especial pra adorar a Deus, ou se devo usar todos. Com o passar do tempo, essas questões citadas foram perdendo espaço para outras, como por exemplo se eu devo orar alto ou baixo. Parece ser uma questão boba, mas garanto que há bastante discussão sobre isso.
Já ouvi alguns dizerem que não se sentiram bem dentro de uma igreja porque lá as pessoas oravam baixo demais, sendo assim, a pessoa se sentia retraída por não poder orar alto. Por outro lado, existem aqueles que criticam os irmãos do “fogo” por orarem alto demais, resumindo assim a sua fé em uma baixaria.
Agora para pra pensar: Aonde nós chegamos? Aonde queremos chegar com isso? Qual é o nosso propósito com tanta divergência? O pior de tudo é que nos escondemos atrás da Bíblia e tentamos achar argumentos e versículos que provem que agimos da forma certa e o outro da forma errada e nos esquecemos do principal mandamento, o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Marcos 12.29-31). Sabemos que tanto um lado da moeda quanto o outro tem seus exageros. Da mesma forma que alguém pode orar alto demais a ponto de incomodar a igreja toda, o outro pode simplesmente baixar a cabeça e fingir uma espiritualidade que não tem. Mas de qualquer forma, quem somos nós para julgar o que o nosso irmão faz para Deus? Deixemos o amor tomar conta de nossas vidas.
Outro exemplo bem comum aos nossos dias é a questão da musica dentro da igreja. Quanta falta de respeito da parte de alguns por causa desse tema! Me lembro uma vez quando eu fazia parte da programação de rádio dos jovens da minha igreja, que estávamos tocando um rap gospel. Foi quando uma senhora nos ligou e começou a falar um monte de abobrinha sobre as músicas que tocávamos na nossa programação. Por outro lado, sempre tinham os que ligavam nos agradecendo porque certas músicas faziam bem ao espírito deles pela mensagem que elas passavam. Ninguém é obrigado a gostar de rock, rap, forró, sertanejo ou qualquer outro tipo de música gospel que não queira gostar, mas respeite e aja com amor sabendo que esses mesmos estilos elevam algumas pessoas ao nível da adoração a Deus.
Se uma pessoa está adorando a Deus, não importa como ou a qual grupo pertence, ela faz com a fé que tem e não deve ser desprezada por isso. Temos a mesma fé, cremos no mesmo Deus e esperamos pelo mesmo Senhor, então porque ficar se preocupando com esse tipo de coisa, vamos nos preocupar em influenciar mais e mais pessoas a fazer o bem e a abandonar o mal.
Para finalizar, Paulo nos dá a solução para que sobre estas questões, a gente consiga viver em paz mesmo um não concordando com o outro. Se eu sei que ouvir certo tipo de música, ou orar alto demais, ou ter alguma atitude desse tipo, vai de alguma forma prejudicar a fé do meu irmão, então estas coisas que eu tenho por certo, eu farei longe dele, pois o que mais me importa é ver o meu irmão firme e forte do que provar que eu estou certo e que a minha fé continua intacta. Saber que uma atitude prejudica a fé do meu irmão e ainda assim praticá-la perto dele é um desvio de caráter.
Sendo assim, vamos nos esforçar para compreender o nosso irmão e amá-lo como Jesus nos amou.
Quero encerrar esse post com duas citações; A primeira é de Agostinho: “Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade.” A segunda é do nosso Senhor Jesus Cristo: “Quem não é contra nós, é por nós”.
Que Deus abençoe vocês, até breve...

20 de out. de 2011

AS TENTAÇÕES DIÁRIAS

...será que ser tentado é pecado?



Olá pessoal, tudo bem? Depois de uma semana cá estou novamente. Hoje quero falar um pouco sobre as tentações que sofremos diariamente.

Mateus 4.1: "Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado".
Quero começar falando do nosso Mestre Jesus. Temos este relato sobre sua tentação, porém entendemos que essa não foi a única vez em que o diabo o tentou. Em toda a sua vida ele foi tentado a abandonar a obra de Deus, o caminho que Ele tinha que trilhar. No Evangelho de Lucas 4.13 está escrito: "Terminando o diabo a sua tentação, ausentou-se Dele por algum tempo". Jesus, como homem que era, tinha que ser tentado para se identificar com a nossa natureza, para saber pelo que passamos, pois até então, antes de vir pra terra, Ele nunca tinha sido tentado. Ele vivia em comunhão na eternidade com o Pai e o Espírito Santo.
Mas o diferencial na vida de Jesus foi que Ele não cedeu às tentações. Alguns diriam que porque Ele tinha a sua natureza divina, Ele não caiu em tentação. Mas não podemos resumir a resistência de Jesus à tentação por causa da sua divindade. A tentação foi real, teve sua importância na vida Dele, mas Ele estava fortalecido no Espírito, esse foi o diferencial.
Alguns também excluiriam a natureza divina de Jesus, dizendo que Ele foi somente homem pelo motivo de ter sido tentado. Deus não pode ser tentado, Jesus foi tentado, logo Jesus não era Deus, mas simplesmente um ser humano. Este pensamento também está errado. Jesus era 100% homem, mas também era 100% divino, pois do lugar de onde Ele veio, Ele compartilhava da mesma essência do Pai e do Espírito Santo. Portanto, Jesus era e é essencialmente divino.
Mas como ele pôde ser tentado sendo essencialmente divino? A natureza humana de Jesus possibilitou a sua tentação e foi como homem que Ele resistiu a elas. Numa futura ocasião explanarei mais esse assunto das duas naturezas de Cristo. Por enquanto, vamos nos ater a isso.
Fato é, Ele foi tentado e resistiu. Por esse motivo e por outros, Jesus foi considerado como um segundo Adão, em contraste com o primeiro que foi tentado e falhou. (Romanos 5.12-21)
"Por um homem entrou o pecado no mundo, por outro a graça" versículo 1.
Pois bem, sabendo agora que Jesus Cristo venceu o pecado, vamos para o próximo passo, as nossas tentações.
Quem aqui nunca se sentiu compelido a fazer algo de errado? Quem aqui nunca ficou irado com alguém? Essas coisas acontecem diariamente em nossas vidas, geralmente quando alguém é sem-educação conosco, quando discutimos com alguém. Para os jovens temos a questão da sexualidade, tanto para os meninos quanto para as meninas. Tudo isso e muito mais.
Alguns poderiam dizer: Mas ficar irado já não é um pecado? Nem sempre. A Bíblia diz: "Irai-vos, mas não pequeis" (Efésios 4.26) O problema é quando a gente fica irado e continua remoendo e remoendo até que isso se torne realmente um pecado. Imagine só, alguém te prejudica de alguma forma, alguém manchou o seu nome e você descobre. O natural de todo o ser humano é ficar irado. Isso não significa que você vá fazer justiça com as próprias mãos. O certo é entregar nas mãos de Deus e deixar Ele cuidar. Até Jesus se irou quando estavam fazendo comércio na casa de Deus.
Muitas pessoas se sentem mal por serem tentados ou provados e ficam na deprê dizendo: Meu Deus, como eu pude pensar uma coisa dessas, como isso pôde passar pela minha cabeça? Mesmo porque algumas vezes somos acostumados com a confissão positiva. Ex: Estou sendo tentado na área sexual e eu vou falar com alguém sobre isso, ou até mesmo com um líder na igreja, e a pessoa me responde: Que é isso irmão? Isso não pode, declara que em Jesus você é mais do que vencedor, declara e pensa positivo.
Isso me faz pensar, será que ser tentado é pecado? Talvez a pessoa só quis compartilhar uma dificuldade e buscar ajuda em oração de um irmão e foi reprimida de certa forma.
As nossas tentações geralmente passam por nossa mente antes de se tornar uma atitude; quando não, ela vem por alguma coisa que enche os nossos olhos, depois passa pela nossa mente e se não cuidarmos, ela se torna em pecado.
Fato é, quando formos tentado, sempre pensaremos nisso por algum tempo.
Existem duas saídas para a tentação:
A primeira é a gente ceder a ela. Com certeza se cedermos a nossa tentação ela vai se tornar em pecado e, por algum tempo ela se afastará de nós.
A segunda saída é buscar a Deus. Foi essa a atitude de Jesus e Ele teve sucesso nela. Por algum tempo estaremos livres da tentação e ela não se tornará em pecado se assim fizermos freqüentemente.
Veja bem, se eu ceder à tentação eu vou satisfazer a minha carne, e a minha mente terá alívio dessa tentação. Se eu resistir, vou satisfazer a Deus e minha mente também terá um alívio. Mas nos dois casos, mais cedo ou mais tarde, a tentação vai voltar. Então qual saída devo escolher? Vou satisfazer minha carne ou a Deus?
Se eu satisfazer minha carne, eu perco a sensibilidade da presença de Deus, perco minha paz e os direitos de ser chamado de filho de Deus. É o caminho mais fácil, mas quem disse que o mais fácil seria o correto. Resistir às tentações é coisa pra macho! E pra macha também, rsrs. Escolher o caminho certo é doloroso, porém mais gratificante.
Precisamos estar firmes com Deus quando essas tentações vierem assim como Jesus esteve, desta forma conseguiremos vencer.
Mas é preciso lembrar que nós nunca deixaremos de ser tentados. "Terminando o diabo a sua tentação, ausentou-se Dele por algum tempo".  Essas palavras se referem a Jesus, porém se elas um dia se referiram a Ele, quem dirá a nós! Se Ele sendo o Rei dos reis foi tentado a vida toda, imagine nós, que somos simples seres humanos.
E como eu disse no post passado e reforço neste, algumas vezes nós vamos cair em tentações, algumas vezes nós vamos fazer escolhas erradas, pois somos carne, somos frágeis. Mas nada disso é o suficiente para afastar a graça de Deus das nossas vidas, pois Jesus entende o que passamos e Ele intercede por nós perante o Pai.
Isso me faz lembrar o apóstolo Paulo falando sobre o espinho na carne em 2ª Coríntios 12.7-9. Paulo chegou a orar por três vezes ao Senhor pedindo que lhe fosse tirada essa fraqueza, porém a resposta de Deus a ele foi: “A minha graça te basta” versículo 9.
Pra finalizar podemos pensar. Será que a graça de Deus tem bastado em nossas vidas? Ou estamos nos culpando por simplesmente sermos tentados? Vamos refletir nisso.
Que Deus abençoe vocês e até a próxima...

12 de out. de 2011

...tropeçar não é o mesmo que retroceder...

Nestes últimos dias tenho meditado bastante e até lido um pouco sobre a fé e a graça de Deus. Tenho buscado compreender o que é viver pela fé e pela graça de Deus, o que em minha opinião, são coisas inseparáveis. Então, por essa razão, decidi colocar como o meu primeiro post uma mensagem sobre a fé.
“Mas o justo viverá pela fé, e se retroceder não me agradarei dele. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos. Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”
 (Hebreus 10:38 – 11:1)
No contexto, o escritor fala sobre esfriamento na fé e sobre o sacrifício de Cristo para nos salvar. Ele explica que a morte de Jesus foi e é o suficiente para apagar todos os nossos pecados. Porém o problema era que a vida de fé e gratidão que as pessoas deveriam viver após conhecerem a Cristo, não estava sendo vivida. Elas estavam vivendo de acordo com suas próprias regras e padrão e retrocederam no caminho da fé.
Por esse motivo o autor escreve esta carta, para orientar sobre a obra de Jesus e mostrar o caminho de fé que devemos percorrer.
O justo viverá pela fé: Hoje em dia ouvimos bastante a expressão viver pela fé. Mas será que realmente sabemos o que é viver pela fé? Muitas pessoas consideram a fé como algo irracional, mesmo que com palavras não digam isso. Só pelo modo de viver já percebemos que para alguns, a fé é irracional. Exemplo: Não preciso analisar se é real ou não, só preciso sentir! Só que muitas vezes os nossos sentidos nos enganam e sempre percebemos mais tarde que tomamos alguma decisão errada.
As pessoas ouvem sobre o chamado de Abraão, o homem que saiu da sua terra, da sua parentela e foi para onde Deus o levou sem saber onde estava indo. As pessoas ouvem que ele foi um homem próspero em tudo o que fez e que Deus supriu todas as necessidades dele. E de repente, elas começam a pensar: “Poxa, eu quero isso pra minha vida! Eu quero viver pela fé também!”
Amém! Mas viver pela fé não se resume em arrumar as malas e sair sem rumo. Abraão foi chamado por Deus para fazer o que fez, ele tinha certeza daquilo, ele tinha ouvido a voz de Deus. A fé de Abraão não se resumia a uma mera emoção, mas sim em uma experiência de realmente ter sido chamado por Deus. Viver pela fé significa estar em sintonia com a vontade de Deus, e como conseguimos isso? Através da oração.
Não quero racionalizar a fé de modo que todos os sentimentos e experiências com Deus tenham que sumir, porém, como já dizia John Stott: “Crer também é pensar”.
Isso eu digo na questão de chamado ministerial, porém o viver na fé que o autor de Hebreus nos ensina não tem a ver somente com chamado ministerial, mas sim com a vida em si que um cristão leva. Nesse caso, o ministério é apenas o efeito do viver pela fé, e não a causa. Ou seja, não vivemos pela fé porque temos um dom que exercemos na casa de Deus, mas temos um dom porque vivemos pela fé.
Viver pela fé é não retroceder à vida que levamos anteriormente. Antes de conhecermos a Cristo, nas palavras do apóstolo Paulo, não tínhamos esperança e estávamos sem Deus no mundo. (Efésios 2:12). Porém, quando Ele veio a cada um de nós, Ele nos deu nova vida, e essa vida devemos viver pela fé.
Não retroceder é não dar as costas a essa vida que Cristo nos deu, é olhar em frente e sempre ter em mente um alvo: Jesus Cristo.
Imagine sua vida sendo uma estrada, e esta estrada só tem um caminho que leva aonde você deve chegar. É uma via de mão única, porém com várias saídas. O caminho é o caminho que leva ao Céu, as saídas são as várias ofertas, tentações e muitas outras coisas que o mundo e o Diabo podem nos oferecer. Tudo para nos tirar do caminho correto. Só há um caminho, e este caminho deve ser trilhado pela fé, pois só assim resistiremos às propostas erradas desta vida.
Viver pela fé é estar o mais próximo possível de Deus, seja isso com oração, jejum, leitura da Palavra, caridade, amor, e tudo o mais que a Palavra de Deus nos ensina. É abandonar o pecado e as propostas indecentes que nos são oferecidas dia a dia. É deixar de lado tudo o que pode prejudicar o nosso espírito e de alguma forma, aquilo que pode magoar o coração de Deus.
Agora muitos podem pensar: Este caminho é muito difícil, será que se eu errar Deus vai me condenar? A resposta é não! Imagine que todas as vezes que errarmos seria como que tropeçar no caminho, mas tropeçar no caminho não é o mesmo que retroceder.
Pois bem, muitas pessoas retrocedem por não conhecer a graça de Deus. O escritor de Hebreus não quis em momento algum afirmar que nesta caminhada não podemos errar, ele disse que não podemos retroceder. Permanecer no erro é uma forma de retroceder.
O Senhor Jesus Cristo sabe como nós somos fracos (Mateus 26:41) e ele nos entende por que passou pelo que nós passamos quando Ele esteve na terra.
Todos os nossos erros e pecados serão perdoados por Ele desde que com sinceridade e arrependimento haja uma confissão de fé, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Romanos 8:1). Estar em Cristo Jesus significa não abandonar a caminhada.
João disse: Filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis, porém se alguém pecar, saiba que temos um advogado junto ao Pai, que é Jesus Cristo, o Justo. (1a João 2:1). A graça de Deus é isso, perdoar os nossos pecados pelo sacrifício de Jesus na cruz.
Sabendo disso, prossigamos na estrada da fé que nos leva ao encontro de Deus sem retroceder, pois o justo viverá pela fé!
O interessante de se viver pela fé, é que quase sempre não sabemos onde estamos sendo levados. A fé é isso, acreditar no que não se vê, principalmente em relação a Deus. A fé é saber que Ele está lá, que Ele está nos guiando e nos guardando ainda que não o vemos. Jesus Cristo disse: Bem aventurado é aquele que não vê, mas ainda assim crê (João 20:29)
A fé, nas palavras de Kierkegaard, poderia ser comparada com um salto no escuro, pois não vemos onde estamos ou aonde vamos, mas confiamos naquele que nos guia. Também com relação ao salto no escuro podemos enfatizar, como disse meu grande amigo João Luiz, a questão do salto. Este salto nunca terá fim em vida, pois não encontraremos com o Senhor de uma forma definitiva enquanto estivermos na terra, ele só terá fim quando de fato morrermos e nos encontrarmos com Jesus. Então não precisaremos mais ter fé, pois Ele estará diante dos nossos olhos e poderemos contemplá-lo e adorá-lo pessoalmente; tampouco precisaremos ter esperança, pois todas as promessas de Deus já estarão cumpridas, só precisaremos ter o amor em nossos corações, pois este dura para sempre e é a maior de todas as virtudes (1a Coríntios 13:13).
Bom, vou encerrando por aqui. Mas para resumir, a nossa caminhada é longa e muitos são os empecilhos que querem nos fazer retroceder desta estrada na qual andamos pela fé. Façamos como o apóstolo Paulo: Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Filipenses 3:13-14).
Este clip que eu vou deixar pra vocês é da banda Switchfoot, a música se chama I Dare You to Move. Tem a ver como post de hoje.

Um grande abraço para todos vocês, fiquem com Deus e no próximo post tentarei escrever menos rsrsrs.

11 de out. de 2011

APRESENTAÇÃO DO BLOG!

Boa tarde pessoal! Já fazia um tempo que eu estava procurando criar um blog para a divulgação do Evangelho e hoje eu tirei-me do comodismo que me impedia e criei! hehe
Quero começar falando sobre o título do blog; ICHTUS - Iesus Christos Theou Uios Soter, é uma abreviação em grego que significa: JESUS CRISTO FILHO DE DEUS SALVADOR. E é desta forma que eu vou apresentar Jesus Cristo aqui!
Vou trazer postagens expondo a Bíblia, que creio ser a Palavra de Deus e os comentários estarão abertos para que as pessoas deixem suas opiniões, sugestões ou até mesmo críticas.
Espero que cada postagem sirva de grande ajuda para os que lerem, pois a Palavra de Deus é pra isso mesmo, o alimento espiritual do ser-humano. Assim como nosso Senhor Jesus Cristo disse: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4:4)
Bom, espero que vocês gostem!
Um grande abraço...

Fábio Américo Scabora